História de São Valentim
Diz-se que o imperador Cláudio pretendia reunir um grande exército para expandir o império romano.
Para isso, queria que os homens se alistassem como voluntários, mas a verdade é que eles estavam fartos de guerras e tinham de pensar nas famílias que deixavam para trás...
Se eles morressem em combate, quem é que as sustentaria?
Cláudio ficou furioso e considerou isto uma traição. Então teve uma ideia: se os homens não fossem casados, nada os impediria de ir para a guerra. Assim, decidiu que não seriam consentidos mais casamentos.
Os jovens acharam que essa era uma lei injusta e cruel. Por seu turno, o sacerdote Valentim, que discordava completamente da lei de Cláudio, decidiu realizar casamentos às escondidas.
A cerimónia era um ato perigoso, pois enquanto os noivos se casavam numa sala mal iluminada, tinham que ficar à escuta para tentar perceber se haveria soldados por perto.
Uma noite, durante um desses casamentos secretos, ouviram-se passos. O par que no momento estava a casar conseguiu escapar, mas o sacerdote Valentim foi capturado. Foi para a prisão à espera que chegasse o dia da sua execução.
Durante o seu cativeiro, jovens passavam pelas janelas da sua prisão e atiravam flores e mensagens onde diziam acreditar também no poder do amor.
Entre os jovens que o admiravam, encontrava-se a filha do seu carcereiro. O pai dela consentiu que ela o visitasse na sua cela e aí ficavam horas e horas a conversar.
No dia da sua execução, Valentim deixou uma mensagem à sua amiga (por quem dizem que se apaixonou), agradecendo a sua amizade e lealdade.
Ao que parece, essa mensagem foi o início do costume de trocar mensagens de amor no dia de S. Valentim, celebrado no dia da sua morte, a 14 de Fevereiro do ano de 269.
Atividades na Biblioteca e na sala de aula
Oficina de Corações
Inspirados pela narrativa comovente de Arturo Abad e pelas belíssimas ilustrações de Gabriel Pacheco, no dia de S. Valentim, a biblioteca escolar do Centro Escolar da Sé, proporcionou a aos alunos da SE8, a audição desta história.
Nesta história o protagonista "Com um fogão a lenha aquece corações gelados; com agulhas de prata cose corações partidos; e com uma pinça de esquecimento acerta a hora dos corações que se atrasam para que não entristeçam com as lembranças do passado." Matias revela ainda a sua capacidade de sacrifício e de amor incondicional.
Após a audição desta narrativa repleta de ternura e simbolismo, proporcionou-se uma partilha de ideias e sentimentos em relação ao mundo dos afetos.
De seguida, os alunos construíram corações com mensagens, que colaram num "grande coração" que ficou exposto nos corredores do Centro Escolar.
Coração da "Correspondência da amizade"