quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

NATUREZA- SERES VIVOS E NÃO VIVOS....

Tudo o que existe na natureza chamamos de seres. 
Os seres vivos são aqueles que nascem, crescem, se reproduzem e morrem, como os animais (inclusive o homem).
Os seres não vivos são aqueles inanimados, que não possuem vida, mas que também são da natureza, como o ar, a água, o solo e as pedras. 
Os seres vivos precisam dos seres não vivos: a água não tem vida, porém quem mora na água possui vida, como os peixes e as plantas aquáticas. Do mesmo modo, a terra não possui vida, mas as plantas necessitam dela e da água para nascer e viver. O ar também não possui vida, mas homens e animais precisam dele para sobreviver, bem como da água e da terra.



Esta temática está a ser objeto de estudo. Neste blogue encontrarás vídeos, apresentações power point, exercícios online e jogos educativos.


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Cantar os Reis e as Janeiras



Após o Natal e até ao fim do mês de Janeiro, grupos de homens e mulheres, jovens e crianças, com ou sem instrumentos musicais, iam cantar, de porta em porta, para anunciar o nascimento do Deus-Menino:





«’Inda agora aqui cheguei,


Mal pus o pé nesta escada,


Logo o meu coração disse

Qu’aqui mora gente honrada. Avante, pastores,

Corramos a Belém,

Adorar o Deus-Menino

E à Sua Mãe.»


Há quem diferencie «Os Reis» d’«As Janeiras», defendendo que aqueles cantar-se-iam até ao dia de Reis:

«Hoje é dia cinco,
Amanhã é dia seis,
Viemos dar Boas Festas
E também cantar os Reis».

enquanto que as Janeiras cantar-se-iam, essencialmente, desde essa data até ao fim do mês de Janeiro, sendo que o tema das quadras também mudariam um pouco:

«Quem diremos nós que viva,
No ramo da salsa crua,
Viv’à menina da casa
Qu’alumia toda a rua.
Quem diremos nós que viva,
No pêlo do cobertor,
Viv’ó menino da casa
Qu’anda a estudar p’ra dôtor.»
Quem diremos nós que viva,
Nós não queremos ficar mal,
Vivam os patrões desta casa,
Vivam todos em geral.

No final, a porta da casa abria-se e os donos ofereciam fumeiro, nozes, castanhas, vinho, etc.

Quando alguma porta não se abria, todos diziam em uníssono: «Esta casa cheira a unto; morreu aqui algum defunto».
 in http://www.folclore-online.com

Ainda relativamente ao Reis, pouco  se sabe sobre a sua origem, mas reza a lenda que um dos Reis  era negro africano, o outro branco europeu e o terceiro moreno (assírio ou persa) representando assim a humanidade conhecida na época.


Festa dos Rapazes no Nordeste Transmontanos

 

A quadra do Natal e dos Reis no nordeste transmontano é diferente de qualquer outra parte do mundo. Os declives das serras e das montanhas dificultaram durante séculos a comunicação entre povos mas permitiu a sobrevivência de antigas tradições. É o caso da Festa dos Rapazes, que ocorre em na altura do Natal e, em muitos casos, no Carnaval, como memória viva de ritos ancestrais, apenas com algumas variantes de localidade em localidade. Na festa dos rapazes, durante dois dias, os rapazes solteiros comandam a vida nas aldeias. Com origem nos rituais pagãos do solstício de Inverno, esta festa celebra o início de um novo ciclo agrícola e para os rapazes significa também a passagem para a idade adulta. A festa começa logo de madrugada, com o gaiteiro que acorda toda a aldeia com a sua gaita-de-foles. Os mordomos, jovens responsáveis pela organização da festa, percorrem as ruas seguidos dos "caretos", criaturas estranhas vestindo trajes bizarros, com chocalhos e fitas penduradas e exibindo máscaras diabólicas. Dançam, pulam, rodopiam e fazem grande algazarra. Por detrás da máscara que lhes protege a identidade, cometem os maiores impropérios e assustam tudo e todos e roubam o fumeiro das casas para ser comido no final do dia em convívio. Na aldeia de Vale de Salgueiro, no concelho de Mirandela, há uma forma bem original de assinalar o Dia de Reis, também chamada Festa dos Rapazes em honra de Santo Estêvão, afirmando-se uma manifestação plena de tipicismo e de enorme tradição popular.

Todos os anos, é escolhido alguém para protagonizar a figura do rei, que organiza a festa e traz consigo uma coroa carregada de ouro emprestado pelos habitantes, que vale cerca de 30 mil euros. Também dezenas de crianças andam pelas ruas com maços de tabaco e têm permissão dos próprios pais para fumar, mas só durante estes dias. A festa termina com a celebração da missa, ocasião aproveitada para colocar a coroa noutro habitante da aldeia, que terá a responsabilidade de organizar a próxima festa. No concelho de Bragança, a tradição repete-se por várias aldeias, especialmente na corda da Lombada, como Varge, Babe e Baçal. A festa reúne todos os homens solteiros na noite de 5 de Janeiro num jantar comunitário preparado pelas moças de aldeia. Na madrugada do dia seguinte vestem-se de caretos e lá vão eles assustar tudo quanto é povo, e exigir o tributo dos reis que depois enfiam no “surrão” (saco dos pastores), que depois será servido num farto almoço. Uma tradição que se repete também em algumas aldeias do concelho de Vinhais  (Ousilhão), Macedo de Cavaleiros (Podençe) e Mogadouro (Bemposta, Bruçó e Vale Porco). Únicas na região transmontana, estas festividades perdem-se na memória dos mais velhos mas repetem-se todos os anos com a mesma alegria e vivacidade como se fosse a primeira vez. A festa dos rapazes, antes apenas reservada aos habitantes locais, tem vindo a ser cada vez mais procurada por turistas curiosos que nesta altura do ano, se deslocam à região transmontana para presenciar esta manifestação pagã peculiar.

in http://www.welcomenordeste.net